terça-feira, 7 de junho de 2011

A FICÇÃO IDEAL

Em 2002 entrei na faculdade de Direito. Contava eu com 17 anos, recém completados, e nem tão vividos quanto eu gostaria (não sou precoce, apenas faço aniversário no final do ano). Naquela época escolhi o Direito porque sempre aspirei a uma carreira na Polícia, ou até mesmo no Ministério Público. Tive como inpiração meu avô materno, que foi policial civil desde cedo, tendo se aposentado Delegado. Poucas histórias meu avô me contou antes de morrer, sobre seus anos na polícia ou seus feitos, quem sabe, heróicos. Mas era meu motivo particular e secreto de orgulho. Meus pais, a seu turno, sempre ensinaram a honestidade como modo de vida, muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. Não precisei ouvir deles que era importante ser honesto, pois suas atitudes falavam por si só, especialmente ao serem confrontados com situações que testavam essa virtude. Era essa minha realidade. E havia, é claro, a minha ficção.


domingo, 1 de maio de 2011

A QUEDA DA REPÚBLICA (OU "A REPÚBLICA ACORRENTADA")

Novamente recorro a um texto antigo para atualizar o blog. O artigo que segue é um dos que mais gosto, gerou até mesmo certa repercussão em meu grupo de amigos, na época. Me valeu um emprego temporário, ao qual devo meu primeiro contato com a profissão de "ghost-writer". Foi escrito em 16 de Junho de 2005, na madrugada seguinte ao discurso de Roberto Jefferson na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional. Pra quem não reconhece de imediato o nome, Jefferson foi o grande delator do famoso esquema do Mensalão. Todavia, de herói não tem nada: Jefferson denunciou o esquema por razões unicamente pessoais. Quase seis anos depois, o processo criminal do Mensalão está engessado no Supremo Tribunal Federal, e 22 dos 38 réus aguardam salivando o mês de agosto, quando o crime de formação de quadrilha estará prescrito. Considero o Mensalão o esquema de corrupção mais terrível da História recente do Brasil. Não se tratou apenas de (mais um) assalto aos cofres públicos,  mas sim uma tentativa clara do Poder Executivo de controlar o Legislativo. Esse mesmo Poder Executivo que, até hoje, tem a maioria dos Ministros do STF indicados pelo presidente Lula. Ou seja, com fortes indícios de controle também do Poder Judiciário. Não simpatizo com nenhum partido, e não quero tentar convencer ninguém a mudar suas convicções políticas. Mas, francamente, quando a Separação dos Poderes cai por terra, cai também a República. Pra mim isso já aconteceu há seis anos, e ela ainda não se levantou. Um minuto de silêncio, e vamos ao texto.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

identidade visual e identidade virtual

Salve!


Os mais observadores (dentre meus dois leitores até aqui) devem ter reparado que o blog está de roupa "nova". Uso as aspas pois, na verdade, o blog não tinha propriamente uma identidade visual, e sim um modelo padrão que o blogger (felizmente) disponibiliza as usuários para facilitar a vida dos bloggeiros iniciantes. Como eu não sei desenhar nem para salvar a minha vida (se desenhasse uma bóia no oceano, é provável que fosse furada), precisei recorrer a referências visuais alheias. Vamos aos créditos, então.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O TESTAMENTO DE MAX EISENHARDT

Pro blog não ficar tão parado, resolvi postar alguns textos antigos (até para colocar em perspectiva com os novos, e ver se evoluiu alguma coisa). Textos antigos estão fora de contexto, é claro. Então serão precedidos de uma pequena ambientação. Sobre o texto que segue: um de meus hobbies é ler histórias em quadrinhos (surpreso? Tipo, eu tenho um blog, a nerdice está implícita). Assim, é possível que algumas postagens tenham a ver com o tema (mas não pretendo me fixar nele). A postagem a seguir é de Fevereiro de 2011, encaminhada a uma lista de discussões da qual participo, a Quadrim. Escrevi numa madrugada de sábado, logo após ter lido a graphic novel “Maneto: Testamento”, que retrata em narrativa seqüencial os horrores do holocausto nazista, através dos olhos de um famoso personagem da Marvel.