segunda-feira, 25 de abril de 2011

identidade visual e identidade virtual

Salve!


Os mais observadores (dentre meus dois leitores até aqui) devem ter reparado que o blog está de roupa "nova". Uso as aspas pois, na verdade, o blog não tinha propriamente uma identidade visual, e sim um modelo padrão que o blogger (felizmente) disponibiliza as usuários para facilitar a vida dos bloggeiros iniciantes. Como eu não sei desenhar nem para salvar a minha vida (se desenhasse uma bóia no oceano, é provável que fosse furada), precisei recorrer a referências visuais alheias. Vamos aos créditos, então.


O logo do blog faz alusão ao mito original de Narciso. A sempre útil Wikipedia pode ser consultada para mais detalhes, já que a autoria do mito é incerta. Esse é meu mesmo, foi feito utilizando o freeware PhotoFiltre. Recomendo tanto o programa quanto a leitura do mito, não necessariamente nessa ordem. A fonte de letra, que não é minha, chama-se Mistral, e foi desenhada por Roger Excoffon em 1953. Consultando a Wikipedia para esse post, descobri que se tratava de um designer francês falecido em 1983.


O fundo é a íntegra de uma tela de René Magritte, um dos meus pintores favoritos. Por coincidência, é francês assim como Excoffon. É bem verdade que conheço pouquíssimo de arte, mas há anos gosto do trabalho de Magrittte. A pintura em questão é "Empire of Lights" (Império das Luzes). Foi batizada por um comprador que a adquiriu após a morte do pintor, em 1966. Trata-se de uma pintura inacabada, Magritte morreu sem conseguir completá-la. Ainda assim, evoca referências recorrentes da obra dele, como o céu azul e o cenário bucólico. Pode ser melhor visualizada na resolução 1024x780, com a função"Tela-Cheia" do navegador. Já que é inacabada, gostei da idéia de preenchê-la com os posts desse blog.

O avatar do perfil do autor é um detalhe de outra pintura de Magritte, "Le Pèlerin" (O Peregrino), também de 1966.  Foi editado no PhotoFiltre para extrair só o busto do personagem, com revigoração das cores e alteração do fundo, o qual foi substituído pelo mesmo céu azul de "Empire of Lights". Achei interessante o efeito que utilizar o mesmo fundo tem no blog, como se o avatar olhasse para o leitor através de uma janela na parede (nem seria o caso de quarta parede, ainda não estou publicando ficção, mas você entendeu). Na obra de Magritte frequentemente os personagens eram retratados com terno escuro e chapéu côco, e com o rosto coberto, significando o anonimato e a padronização da sociedade. Além do fato de eu gostar do pintor, ficou apropriado ao título do blog. 



Assim sendo, falta comentar justamente o título do blog. É uma auto-crítica, é claro. Sempre achei que blogs eram o espaço ideal para milhares de anônimos na Internet contarem suas histórias. Sendo um blog só de textos próprios, não há como negar o evidente narcisismo dessa minha empreitada. Daí surgiu o trocadilho.



Em tempo: Minhas obras preferidas de Magritte são "Golconda" e "Le fils de l'homme" (O Filho do Homem), que também representam o anonimato, a padronização, e a alienação. Não vou linkar as obras, acho que o interessado irá aproveitar mais se fizer uma busca no Google Imagens pelo nome do pintor. Eu fiz isso quando vi "Golconda" pela primeira vez na capa de uma revista, e foi assim que comecei a gostar do artista.

Era isso por ora. Inté.

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Comentários e críticas desconstrutivistas não serão censurados, mas é provável que eu não entenda. Não manjo nada de arquitetura.